Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘Deadpool & Wolverine’ chega no Brasil um dia antes dos cinemas dos EUA para alegria dos brasileiros ávidos por essa sequência. Sim, para uma melhor compreensão do que é mostrado na telona, você deve ter vistos os dois filmes anteriores do Deadpool e claro, ter conferido também ‘Logan’ (idem – 2019) ainda que no anúncio do início da produção, os protagonistas Ryan Reynolds e Hugh Jackman terem jurado que ‘não tocariam’ nos eventos e linha temporal daquele consagrado filme de 2019. Com uma magnífica campanha de marketing ao redor do mundo, com viagens e muitas entrevistas, a MARVEL não poupou investimento na divulgação de ‘Deadpool & Wolverine’ já que o longa é seu único filme a ser lançado em 2024. Não esperem que o enredo de ‘Deadpool & Wolverine‘ explique ou acrescente algo vital ao conceito multiversal criado pela MARVEL já que Wade Wilsdon (Ryan Reynolds) somente quer resolver seus problemas pessoais ainda que criando um caos nas linhas temporais monitoradas pela controversa organização TVA. Reynolds e Jackman mostram em tela uma excelente química já que eles de fato são amigos na vida real e essa ótima dinâmica e cumplicidade é evidenciada até mesmo durante as lutas e discussões de seus personagens.
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Crítica | Capitã Marvel
Prepare-se Thanos, ela chegou! Hollywood vinha há muito tempo tentando emplacar um grande blockbuster com uma heroína mas sem sucesso, vide ‘Supergirl’ (1984), ‘Mulher Gato’ (2004), ‘Elektra’ (2005), ‘Æon Flux’ (2005) e ‘Tomb Raider: A Origem’ (2018), todos grandes desastres (memoráveis) de crítica e bilheteria. Foi somente com ‘Mulher Maravilha’ (Wonder-Woman – 2017) da concorrente DC, que através de uma arrecadação mundial girando os U$ 821,8 milhões e belas reviews, abriu-se novamente outros horizontes para personagens realmente poderosas na telona. ‘Capitã Marvel’ é o primeiro longa da ”casa das ideias” protagonizado de forma solo por uma mulher e além de ter que explicar a origem da heroína e sua ausência ao longo dos 19 filmes do MCU (Marvel Cinematic Universe) ainda, em tese, teria que fazer bonito na bilheteria para ser comparado com o box office da sua rival da DC, Mulher Maravilha. O filme não é necessariamente ruim, mas em nada inova em relação ao que já foi visto nos longas anteriores e claro, se não pertencesse ao universo já muito bem estabelecido da Marvel, seria totalmente descartável pois é inegável que sabermos mais sobre personagens já veteranos desse universo é um grande apelo para o público.
Trazer diretores até então pouco conhecidos para projetos de grandes orçamentos vem sendo uma especialidade da Marvel a qual vem tendo muita sorte nessa arriscada postura pois profissionais como ”Jon” Favreau, irmãos Russo, Ryan Coogler e James Gunn criaram verdadeiras obras primas nesse segmento e foram responsáveis pela estabelecimento e conexão desse icônico universo. Contudo, parece que dessa vez a direção dos pouco conhecidos Anna Boden e Ryan Fleck (Parceiro de Jogo – 2015) não fez bonito pois temos cenas de lutas medíocres e descartáveis, efeitos CGI mal elaborados que nos tiram da trama (notadamente quando a personagem está no auge de seus poderes) e diálogos bobos e com clichês permeando toda a trama já que o casal também assina o previsível roteiro. A trama do longa, ambientada nos anos 80, baseia-se resumidamente e de forma a não entregar muito aqui, entre a guerra travada pelas raças Kree e Skrull, onde a primeira ”adota” e treina a protagonista que encontra-se totalmente sem memória a cerca de seu passado e origem, contudo, sem trazer a competência vista em roteiros com a mesma linha narrativa como o excelente ‘A Identidade Bourne’ (The Bourne Identity – 2002) e ‘Amnésia’ (Memento – 2000).