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Crítica | Venom: A Última Rodada

Depois de Venom’ (idem -2018) e posteriormente, Venom: Tempo de Carnificina (Venom: Let It Be Carnage – 2021) a Sony Pictures achou por bem realizar um fechamento dessa trilogia com ‘Venom: A Última Rodada’ o qual vi na cabine de imprensa apenas um dia antes da estreia nacional do longa; péssimo sinal. Sem esperar muito da produção – justamente pelo o que foi entregue nos primeiros longas -, ‘Venom: A Última Rodada’ agora é dirigido por uma mulher, Kelly Marcel, que também assina o roteiro ao lado do astro, Tom Hardy. Nesse terceiro capítulo, vemos um Eddie Brock (Tom Hardy) de volta ao seu universo, mas tendo que fugir de tudo e todos ao passo que também tem que lidar com uma nova ameaça simbiótica a qual necessita de algo que os protagonistas possuem para ter sua liberdade de um calabouço espacial. Nesse contexto, somos rapidamente apresentados ao vilão Knull que é justamente o criador de todos os simbióticos e ao que parece será um futuro vilão da Marvel nos vindouros Homem-Aranha 4 ou Vingadores 5 (Avengers: Doomsday); difícil afirmar com certeza nesse momento. ‘Venom: A Última Rodada’ é o melhor dos três, embora ainda seja incrivelmente medíocre e fico imaginando o que um dos criadores do personagem, Todd McFarlane – que também criou Spawn – sentiu ao se deparar com longas tão fracos baseados num anti-herói tão famoso e querido por todos como Venom. Ao menos dessa vez o ‘fizeram grande’ como o criador havia pedido inicialmente para evitar o fiasco e a péssima encarnação do personagem no terceiro filme da trilogia original do Homem-Aranha interpretado naquela ocasião pelo ator Topher Grace.

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Crítica | Venom: Tempo de Carnificina

O primeiro ‘Venom’ (idem – 2018) inaugurou justamente a seção Críticas em nosso espaço virtual – a qual você pode conferir aqui – pena que com um longa feito às pressas e repleto de problemas. Entretanto, o ‘carisma’ do famoso antagonista do Homem-Aranha era tão grande que o longa, pasmem, foi um grande sucesso de bilheteria arrecadando cerca de mais de U$ 850 milhões ao redor do mundo e claro, uma sequência era inevitável. Agora, em outubro de 2021, chega às telonas ‘Venom: Tempo de Carnificina’, longa com maior orçamento e desejando repetir o sucesso comercial do filme original, levando-se em conta, obviamente, o período de restrição e distanciamento das poltronas das salas de exibição imposto ainda pelo Covid. ‘Venom: Tempo de Carnificina’ é uma continuação direta do anterior e agora temos a oportunidade de vermos mais da dinâmica entre Eddie Brock (Tom Hardy) e o alienígena Venom, tentando coabitar o mesmo corpo com personalidades tão distintas. É justamente esse caso de amor e ódio que resulta o maior acerto de ‘Venom: Tempo de Carnificina’, pois o ator Tom Hardy consegue imprimir um humor na medida certa o que rende vários e divertidos diálogos entre ambos.

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 Venom: Tempo de Carnificina – Teaser #1 [Português]

Uma semana de ganhar seu título oficial, a Sony divulgou o título nacional de Venom: Tempo de Carnificina. Além disso, a companhia revelou também a nova data de estreia do longa estrelado por Tom Hardy por aqui, adiada por conta da pandemia do novo Coronavírus. Por meio de uma publicação no Twitter com um vídeo de divulgação, o novo nome foi revelado e a data de estreia também: o longa será lançado no Brasil em 24 de junho de 2021. O lançamento por aqui vai acontecer um dia antes da chegada do filme nos Estados Unidos. Dirigido por Andy Serkis (Mogli: Entre Dois Mundos), que substitui Ruben Fleischer na direção, o filme vai destacar o vilão Carnificina, interpretado por Woody Harrelson, que já teve algumas imagens de seu visual divulgadas. Vale lembrar que Venom, de 2018, foi um sucesso de bilheteria, arrecadando US$ 856 milhões em bilheteria. O elenco ainda conta com Michelle Williams, que participou do primeiro filme, e Naomie Harris, de Moonlight.

Andy Serkis é confirmado como diretor de Venom 2

Segundo informações da Variety, Andy Serkins está confirmado para dirigir ‘Venom 2 ‘, longa que trará o retorno de Tom Hardy no papel-título. Serkis estava na lista de diretores que se reuniram no início deste mês com a Sony para negociarem o trabalho. Outros nomes presentes nas reuniões incluíam Travis Knight e Rupert WyattRuben Fleischer dirigiu o primeiro filme em 2018, mas não assumirá a produção do segundo já que está nas finalizações de ‘Zumbilândia: Atire Duas’ Vezes. Venom, do arsenal de personagens da Marvel para a Sony Pictures, arrecadou incríveis US$ 855 milhões de dólares em todo o mundo. Ainda não há previsão de estreia para a sequência.

Venom 2 é confirmado

Após o sucesso estrondoso do filme de anti-herói Venom, parece que a Sony já está considerando uma sequência. A Variety relata que a empresa fez negociações com o roteirista Kelly Marcel para garantir o retorno dele em Venom 2. Fontes indicam que Marcel também assumirá o cargo de produtor executivo do longa, e que Tom Hardy volta a interpretar Eddie Brock. Michelle Williams e Woody Harrelson devem voltar para Venom 2, mas um diretor ainda não foi nomeado. É improvável que vejamos o retorno de Ruben Fleischer, já que ele deverá trabalhar em Zombieland 2, previsto para ser lançado em outubro de 2019. Anteriormente, Jeff Pinker, co-roteirista de Venom, alegou que uma receberíamos uma sequência, embora seja possível que ele não trabalhe no longa. Um representante da Sony disse ao IGN em novembro que um novo filme Sony/Marvel e uma sequência Sony/Marvel chegariam aos cinemas em 2020. Na época, imaginamos que a sequência seria Venom 2. A sequência não chega a ser surpresa, já que Venom teve um bom desempenho nas bilheterias, superando Star Wars e Guardiões da Galáxia. O filme tornou-se um dos mais lucrativos de 2018, após arrecadar US$ 855 milhões em todo o mundo – mesmo não sendo tão bem avaliado (leia nossa crítica aqui).

 

Bilheteria mundial de Venom supera a de Mulher-Maravilha

As críticas negativas (veja nossa Crítica clicado aqui) não afetaram a arrecadação de ‘Venom’, filme da Sony baseado no famoso vilão do Homem-Aranha que tem se mostrado um sucesso mundial. Depois da arrecadação mundial de ‘Venom’ superar filmes como ‘Deadpool’ e ‘Guardiões da Galáxia Vol. 2’, chegou a hora da bilheteria do longa superar outra produção do gênero de super-herói: ‘Mulher-Maravilha’ (Wonder Woman – 2017). Segundo dados divulgados pelo ComicBookMovie, ‘Venom’ já arrecadou cerca de US$ 822 milhões nas bilheterias mundiais, superando os US$ 821 milhões feitos pela heroína da DC em 2017.

Crítica | Venom

Por mais que os filmes de super-heróis estejam na moda e trazendo milhares de dólares aos cofres dos estúdios, convenhamos que não é comum um vilão de um determinado herói ganhar um filme solo. Contudo, a Sony (detentora dos direitos do Spider-Man) parece querer expandir o universo do amigo da vizinhança e até chegou a divulgar oficialmente o nome desse projeto paralelo: “…Universo Marvel da Sony…” (Sony’s Universe of Marvel Characters ou SUMC)Ao que tudo indica, e ‘Venom’ não foi exceção, esse universo não seria atrelado à franquia do Spider-Man estrelada pelo ator Tom Holland e no futuro poderá trazer filmes do Vampiro MorbiusGata Negra (Black Cat), Sabre de PrataKraven, entre outros. Existe um boato de que a conhecida parceria atual entre a Sony e a Marvel, em que a primeira vem cedendo os direitos de produção dos filmes do Spider-Man à Casa das Ideias” (filmes solos e participações nos Vingadores), impediria a exploração de seu mais importante herói pela primeira durante a vigência desse acordo. Se essa teoria estiver correta, isso explicaria o fato da Sony se ver obrigada, durante esse período, a tentar lucrar com os vilões desse universo, que obviamente ficaram de fora desse acordo. O fato é que ‘Venom’ já é uma realidade e inquestionavelmente marcou a estreia do SUMC para o bem ou para o mal.

No longa, vemos um projeto espacial dar errado mas que consegue trazer à Terra (mesmo com um grande acidente) espécimes alienígenas vivos, devidamente capturados pela empresa que financiou a tal viagem. Posteriormente é revelado que esse simbiótico somente consegue sobreviver em nosso planeta devidamente unido a um hospedeiro compatível com o seu DNA. Essa boa ideia de criar uma condição especial para a união entre humanos e alienígenas (não presente nos quadrinhos) baseada na genética é a única coisa que funciona em ‘Venom’ já que de resto vemos um desastre colossal na telona. A trama e origem do anti-herói Venom foi totalmente remodelada objetivando criar uma narrativa em que não precisasse existir o Spider-Man (talvez pelas cláusulas do acordo como já foi mencionado), razão pela qual seu traje preto não contenha a famosa aranha branca estampada do peito. A direção de Ruben Fleischer faz o que pôde com um roteiro escrito a cinco mãos suavizando todas as cenas em que o vilão título devora a cabeça de seus desafetos (amplamente mostrado nos trailers) simplesmente cortando totalmente o momento final da investida. Vale lembrar que o inocente telespectador ao se deparar com esse material prévio de divulgação acreditava que na versão final do filme isso seria mostrado em sua plenitude e o corte na vinheta teria ocorrido apenas para deixá-lo na expectativa; ledo engano. O diretor Ruben Fleischer se mostra medíocre na direção das cenas de ação que em nenhum momento empolgam, embaladas” por uma trilha sonora desconexa e descartável. Finalmente sobre a narrativa, temos um filme que não se assume uma comédia ou um produto para se levar a sério, pois o longa fica de forma primária oscilando entre essas duas vertentes, confundindo e tirando a audiência da imersão da história.

A atuação de Tom Hardy (Mad Max, Dark Night) rende alguns bons momentos, principalmente quando é mostrada a relação conflituosa entre o hospedeiro e seu simbiótico. Já a excelente Michelle Williams (O Rei do Show, Sete Dias com Marilyn) em  ‘Venom’ está totalmente perdida e parece que não avisaram a ela que ligaram as câmeras; um grande desperdício. O CGI de  ‘Venom’ não agrada pois além da textura do uniforme negro do personagem título se assemelhar a uma geleia molhada (e sem a icônica Aranha Branca) os vilões, pasmem, olham muitas vezes para direções erradas de onde deveria estar seu algoz. Triste comprovar que na cabine da imprensa de ‘Venom’ as reações de risos eram mais por chacota do que por diversão, pois os olhares mais apurados já perceberam que estavam diante de um das piores adaptações de quadrinhos já realizadas, podendo sem injustiça alguma, figurar ao lado do famigerado ‘Mulher Gato’ (Catwoman – 2004). Contudo, parece que nem todos os problemas estruturais de ‘Venom’ nem o fato de sua origem ter sido totalmente modificada contribuiriam para seu naufrágio nas bilheterias pois até o fechamento dessa matéria o longa já acumulava U$ 190 milhões (doméstico-EUA) e U$ 512 milhões (mundialmente) portanto não nos surpreendemos quando uma sequencia for anunciada.

Quero dizer que não sou contra mudanças leves, e as vezes até necessárias, na transposição de personagens dos quadrinhos para a telona como tivemos a inserção de um ator afro-descendente para o papel do Rei do Crime (Kingpin) no filme do ‘Demolidor – O Homem Sem Medo’ (Daredevil – 2003). Porém, quando essas mudanças são demasiadamente profundas, mudando totalmente a origem do personagem e aqui em  ‘Venom’, motivadas não por decisão do diretor, mas sim por variáveis financeiras e/ou contratuais, não tem como funcionar de maneira satisfatória. É uma pena que um personagem tão amado e com tanto potencial tenha sido tão mal aproveitado em uma produção que deixa a impressão de ter sido feita às pressas, para quem sabe, pegar carona no sucesso da nova franquia do “cabeça de teia”. Só nos resta torcer para que os novos filmes desse universo da Sony/Marvel que certamente virão, tendo em vista o sucesso de bilheteria de ‘Venom’, sejam produzidos com mais zelo técnico e respeito ao seu material de origem.

Alexandre Carvalho – Editor

 Regular

Ficha Técnica:
Título: VENOM (IDEM)
País/Ano/Duração: Estados Unidos , 2018 , 112 min.
Classificação: 14 anos
Gênero: Ação, Ficção Científica
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Todd McFarlane, Kelly Marcel, David Michelinie, Jeff Pinkner, Scott Rosenberg
Distribuição: Sony Pictures
Estréia: 04/10/2018
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Jenny Slate, Riz Ahmed, Michelle Lee, Woody Harrelson, Peggy Lu