Tudo o que é bom um dia acaba. Talvez o grande público não saiba, até porque propositadamente o marketing envolvendo o longa não tivesse essa prioridade, mas ‘X-Men: Fênix Negra’ é o último filme dos mutantes com essa formação. Com a compra da Fox pela Disney certamente os mutantes em um futuro próximo (ou não) ganharão novos filmes, entretanto com uma novíssima formação e com um elenco totalmente novo incorporando heróis já conhecidos. Será desconcertante vermos o Wolverine, entre outros, ser interpretado por um ator que não seja o competente Hugh Jackman mas como é sabido, o personagem é sempre maior que o ator que o interpreta pois o primeiro não envelhece e nem adoece e tampouco pode deixar ‘órfão’ uma legião de novos fãs a cada geração. Mas fiquem tranquilos, que esse ‘desfecho’ fez bonito na telona em uma franquia que reconhecemos, teve seus altos e baixos além de uma já sabida timeline (cronologia) já há muito tempo incrivelmente bagunçada. ‘X-Men: Fênix Negra’ se passa em 1992 onde os mutantes ‘trabalham’ em parceria inédita com o governo norte-americano tendo se passado 10 (dez) anos após os eventos do fraco ‘X-Men: Apocalipse’ (X-Men: Apocalypse – 2016). Logo no início do filme já temos uma incrível sequencia de ação no espaço onde o Presidente dos EUA pede ajuda aos X-Men para resgatar astronautas em uma missão espacial que deu muito errado, ocasião que já vemos um excelente trabalho coordenado da equipe onde cada um contribuiu acertadamente com seu poder sob a supervisão da agora líder, Mística, em interpretação pouco inspirada de Jennifer Lawrence. A partir daí, o roteiro adapta a famosa saga da Fênix Negra, já bem explorada nas HQs e no excelente desenho animado (cartoon) da década de 90 o qual teve um total de 76 (maravilhosos) episódios. A narrativa, infelizmente, ainda mantém os erros de continuidade da franquia pois certos personagens que morrem, são vistos nos filmes que se passam em décadas posteriores mas falhas de continuidade a parte, o roteiro inova em nos mostrar um Charles Xavier (James McAvoy) agora vaidoso e que por vezes coloca em risco a equipe para manter uma boa imagem perante o governo dos EUA.
