Baseado no mangá Gunnm (“Gun-Mu”, algo como ‘A Arma dos Sonhos’, 銃夢), de Yukito Kishiro‘Alita: Anjo de Combate’ se passa no ano de 2563 onde um cientista de robótica chamado Dr. Dyson Ido encontra os restos de uma ciborgue abandonado em uma sucata e decide lhe dar um corpo e trazê-la a vida. O roteiro é bem simples e linear e no primeiro ato descobrimos que aquela inocente ”jovem” possui uma antiga mas inigualável programação para o combate. A partir daí conhecemos, do ponto de vista da protagonista, a sociedade atual que basicamente dividi-se entre a Cidade de Ferro onde a trama se desenrola e tomamos conhecimento muito superficial de Zalem, uma cidade flutuante feita para poucos ”eleitos” onde todos os demais sonham em ascender. A robótica é algo normal onde raros humanos não possuem partes biônicas em seus corpos e fica aqui o registro que os robôs no longa respiram e se alimentam. Finalmente, a sociedade ainda baseia-se na adoração de uma violenta disputa esportista chamada Motorball onde os ricos e poderosos, controlando os bastidores do esporte, distraem os cidadãos da Cidade de Ferro. As sequencias dessa disputa, apesar de bem realizadas, em nada acrescentam a trama e apenas funcionam como uma desculpa para vermos as habilidades da personagem e isso apresenta-se como uma falha dispensável no roteiro. Os designers de produção Caylah Eddleblute e Steve Joyner criaram com primazia toda uma sociedade futurística decadente e híbrida entre humanos e robôs que de tão viva e real funciona como um personagem. Mas sem sombra de dúvida o ponto alto do filme é realmente a personagem título feita totalmente de CGI (computação gráfica) que se não fosse por seus olhos propositadamente aumentados (estilo mangá) esqueceríamos que ali estava uma personagem digital. A captura de movimentos ocorreu pela talentosa atriz americana de 34 anos, Rosa Salazar, a qual transpôs seus gestos e expressões para Alita resultando em uma interação entre atores reais e digitais que beira a perfeição, criando algo a ser imitado (ou pelo menos tentado) em futuras produções.

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