Recentemente tivemos novas tentativas – muito bem sucedidas – de se expandir o universo do Predador, primeiramente com o excelente ‘O Predador: A Caçada’ (Prey – 2022) e nesse ano a maravilhosa animação ‘Predador: Assassino de Assassinos‘ (Predator: Killer Of Killers – 2025), ambos imperdíveis e que somente chegaram diretamente às plataformas de streaming. O responsável por essas novas empreitadas do personagem é o diretor e roteirista Dan Trachtenberg, apaixonado por esse universo e que entrega o que os fãs desejam: novos elementos na franquia mas respeitando-se sempre o material de origem. Agora em 2025, o promissor diretor nos brinda com o aguardado ‘Predador: Terras Selvagens’, onde pela primeira vez o caçador alienígena será de fato o protagonista da trama, lutando pela sua sobrevivência em um planeta extremamente hostil. O personagem Deck (Dimitrius Schuster-Koloamatang), inicialmente rejeitado pelo seu clã por ser considerado fraco, tem que provar seu valor no planeta Genna, local onde todos os Predadores anteriores não sobreviveram, contando para isso com a ajuda de uma androide, personagem da excelente Elle Fanning (Malévola: Dona do Mal – 2019).
Essa narrativa é simples e fica clara nos primeiros minutos do ato um e possivelmente pela aquisição da Fox pela Disney, existe um componente maior de humor que não chega a estragar a atmosfera de perigo constante ainda mais se levarmos em conta as frases de efeito ditas por Schwarzenegger no longa original de 1987. O design de produção e o CGI – assinado pela icônica Weta Digital – que criaram a vegetação e animais do planeta Genna são fantásticos e talvez por não trazerem aqueles exageros de Pandora do filme ‘Avatar’ (idem – 2099) o telespectador ache mais plausível haver de fato um local como aquele. Durante toda a projeção o longa se firma na dinâmica em tela da android Thia (Elle Fanning) e Deck (Dimitrius Schuster-Koloamatang), onde o segundo vai aos poucos reconhecendo o valor da ajuda ofertada por aquela máquina humanoide.
