Quem diria que o filme ‘Rocky: Um Lutador’ (Rocky – 1976) ainda traria continuações e derivados (spin-offs) para uma audiência moderna no ano de 2018; bom isso aconteceu. Depois do excelente ‘Creed: Nascido para Lutar’ lançado aqui no Brasil no dia 6 de dezembro de 2015 era inevitável uma continuação que mostrasse mais da jornada do herói vivido pelo competente ator em ascensão Michael B. Jordan. O roteiro é simples e extremamente previsível, onde acompanhamos o agora campeão mundial Adonis Creed (Michael B. Jordan) que além dos desafios da paternidade (tema principal da narrativa) se vê obrigado a lidar com fantasmas do passado através do desafio imposto pelo filho de Ivan Drago (Dolph Lundgren), um pugilista forte e determinado a trazer de volta a fama e prestígio a família Drago. A talentosa e versátil atriz Tessa Thompson volta para a sequencia como companheira do protagonista e mostra mais uma vez que a excelente química do casal no primeiro longa agora está ainda mais evidente, tornando-se realmente o maior acerto da película. Sylvester Stallone, injustamente não agraciado com o Oscar por ‘Creed’, (perdeu o prêmio para o britânico Mark Rylance) retorna para o papel que o imortalizou, agora já recuperado do câncer, novamente fazendo o papel tanto de treinador como de pai para o jovem e talentoso pugilista. Creed II é um filme para a nova geração mas que traz elementos nostálgicos para os telespectadores na casa dos 40 anos e não tem como não nos emocionarmos com o reencontro no restaurante entre Rocky e Drago, já antecipado nos trailers de divulgação do longa. Conversando com um público mais jovem comprovei que muitos não assistiram a nenhuma filme da saga Rocky, incluindo a ‘Rocky IV’ (Rocky IV – 1986) o que para mim seria essencial para a compreensão dos dilemas dos personagens na trama e suas respectivas motivações.