O filme ‘Mulher-Maravilha’ de 2017 foi um grande acerto da DC, lançando a até então desconhecida atriz israelense Gal Gadot ao estrelato e arrecadando belos U$ 821,8 milhões de dólares de bilheteria mundialmente, fazendo com que uma sequencia fosse inevitável. Depois de vários adiamentos por conta da pandemia, ‘Mulher Maravilha 1984’ (WW 1984 – 2020) chega aos cinemas em 17 de dezembro no Brasil e no restante do mundo em 25 do mesmo mês (sim, no Brasil as vezes acontecem essas anomalias) sendo lançado também por streaming na HBO Max na mesma data dos cinemas americanos. No Brasil em 2020, o telespectador terá que se ‘contentar’ com o cinema pois somente em 2021 a plataforma digital da HBO Max chegará por aqui, mas ainda sem data certa para isso. Vale ressaltar que recentemente a Warner Bros. revelou que 100% de seus filmes de 2021 – sem exceção – serão lançados simultaneamente no cinema e streaming fazendo dessa a mais importante notícia do cinema do ano pois certamente desencadear uma reação semelhante dos demais estúdios. A dobradinha da diretora Patty Jenkins com a atriz Gal Gadot retorna, agora com a segunda também como Produtora, em um filme leve, divertido e cheio de esperança. Logo no início do longa vemos uma sequência de ação em um shopping center do ano de 1984 (sim, o filme é ambientado nesse ano) onde o embate da heroína com os ladrões de loja se dá de forma lúdica e extremamente suave, onde a protagonista supera os malfeitores de forma natural e até bem humorada sem nunca o perigo ser um elemento vital em cena e parece ter sido essa opção do roteiro e direção pois observamos esse tônica no decorrer da projeção. Por opção da diretora, agora a Mulher Maravilha aposentou a espada e seu escudo, talvez para provar que ela pode superar os homens sem o uso de armas clássicas de guerreiros da antiguidade, pois somente seu icônico Laço da Verdade e seus inconfundíveis e poderosos Braceletes e Tiara são realmente utilizados pela heroína. A abordagem da personagem principal em relação a violência e armas utilizadas é tão distinta do primeiro em relação ao segundo filme que a impressão que dá é que tivemos dois diretores diferentes, o que, como sabemos, não aconteceu. O irônico é que ao passo que o roteiro e direção buscam fomentar o empoderamento feminino, a história mostra uma heroína que desde a Primeira Guerra Mundial (1914) até o ano de 1984 não superou a perda de seu grande amor, tendo vivido por 70 anos sem conseguir nenhuma grande conexão com a humanidade, vivendo de forma extremamente solitária e infeliz.

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