E chegamos em nossa Crítica de número 10, justamente com esse icônico filme: ‘Vingadores: Ultimato’! Nada poderia ser mais adequado para um filme que despertou tanto hype e ansiedade em todo o mundo nos meses anteriores a sua estreia. O UCM ou Universo Cinematográfico da Marvel (em inglês – MCU – Marvel Cinematic Universe) teve início em 2008 com ‘Homem de Ferro’ (Iron-Man – 2008) e após 21 filmes (‘Vingadores: Ultimato’ é o de número 22) em sua maioria sucessos mundiais de bilheteria, era chegado a hora de dar um desfecho a toda a trama assim como encerrar o arco dos principais personagens. O enredo acompanha inicialmente em seu primeiro ato as consequências do ‘estalo’ do vilão Thanos (Josh Brolin) que havia dizimado metade dos seres vivos do universo em ‘Vingadores: Guerra Infinita‘ (Avengers: Infinity War – 2018) sempre dando um proposital destaque aos seis Vingadores originais os quais sobreviveram a esse extermínio. Os diretores queridinhos do momento, Joe e Anthony Russo, comandam com competência esse desfecho pois já tinham mostrado enorme talento e respeito pelo material de origem em ‘Capitão América: O Soldado Invernal’ (Captain America: The Winter Soldier – 2014) – meu filme preferido entre todos -, Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War – 2016) e ‘Vingadores: Guerra Infinita’ (Avengers: Infinity War – 2018). A árdua tarefa agora para roteiristas e direção era, além de lidar inicialmente com o famoso ‘estalo’, era a de criar uma historia onde os heróis tentassem reverter essas perdas, encerrar algumas participações pois certos atores não tinham mais contrato e finalmente sedimentar o futuro da Marvel já que a formação sofreu alterações mas o grupo terá que seguir adiante nas telonas. Tudo funciona muito bem em ‘Vingadores: Ultimato’ em suas mais de 3h de duração (sim, não beba muita água na seção para evitar sair da sala) possuindo somente pequenas falhas na trama que, girando em torno do mundo quântico, lida com eventos temporais os quais são sempre muito complexos de terem todas as suas pontas soltas devidamente amarradas (ver parte de SPOILERS – no final). Entretanto, nada disso compromete a experiência do longa o qual tecnicamente beira a perfeição, seja na edição enxuta (sim, as 3h de duração foram realmente necessárias), trilha sonora envolvente e que emociona e efeitos de computação gráfica (CGI) bem renderizados. Um filme tão grandioso, sendo dirigido por diretores menos competentes, jamais teria sido feito em pouco mais de dois anos como ocorreu em ‘Vingadores: Ultimato’ e isso é outro motivo para realmente reverenciarmos a dupla de irmãos Russo.