Estamos realmente vivendo uma época de revitalização de antigas franquias, ora com sequencias, ora com os famosos e nem sempre bem-sucedidos reboots. Para falarmos de forma isenta de ‘Rambo 5: Até o Fim’, tenho que isolar o meu lado de fã pois acompanho a franquia desde seu início com 1982 com ‘Rambo: Programado para Matar’ (Rambo: First Blood) tendo como coleção inclusive todas as facas utilizadas pelo personagem ao longo dos anos. Em relação ao título do primeiro filme o irônico é que o famoso herói de guerra mata somente um policial o qual inclusive cai de um helicóptero onde o piloto é acertado com uma pedra arremessada por John Rambo somente para se defender. Depois de ‘Rambo IV’ (2008) onde Stallone roteirizou, dirigiu e estrelou o longa, o público cativo da franquia acreditava que nunca mais veria um novo capítulo, mas todos estavam enganados pois agora em setembro de 2019, ‘Rambo 5: Até o Fim’ (Rambo: Last Blood) chegou às telonas. De cara, vemos que o título original em inglês faz referência ao título do longa original criando o contraponto em ‘FIRST’ e ‘LAST’ sendo o primeiro tirado literalmente da obra ‘First Blood’ (1972) do escritor ainda vivo David Morrell. Em ‘Rambo 5: Até o Fim’, o protagonista parece ter encontrado sua paz em uma fazenda no Arizona devidamente mostrada no filme anterior e podemos dizer que o primeiro ato do longa se assemelha na realidade a um drama. Quem assistiu ao excelente faroeste ‘Os Imperdoáveis’ (Unforgiven – 1992) estrelado e dirigido por Clint Eastwood pode encontrar algum paralelo entre as duas tramas onde o anti-herói aposentado é trazido de volta a ação por imposição de certas circunstancias.